MAIS PAÍSES USAM TAXA ANTIDUMPING, DIZ OMC

02-11-2010 07:55

MAIS PAÍSES USAM TAXA ANTIDUMPING, DIZ OMC

A Organização Mundial do Comércio (OMC) mostra que 32 países aplicaram taxas antidumping no primeiro semestre para se proteger de importações a preços supostamente desleais, contra 28 no semestre anterior. Ao mesmo tempo, a Câmara de Comercio Internacional (CCI) vê risco crescente de o clima de "guerra de moedas" degenerar em forte protecionismo.

Os governos iniciaram 181 investigações antidumping entre 1º de julho de 2009 e 30 de junho deste ano, contra 217 no período anterior. Esse tipo de ação já causa dificuldades no comércio. Mas os dados da OMC não permitem saber se houve aumento no uso dessas medidas no início deste ano.

A Índia continua a liderar, com 34 investigações, contra 59 no período mais duro da crise econômica e financeira global. É seguida pela Argentina com 25 e pelo Brasil com 13, em ligeira baixa. Na fase seguinte, já existem 1.379 sobretaxas aplicadas globalmente, como resultado de investigações global

Foram abertas cinco investigações contra produtos supostamente baratos do Brasil, sendo três na Argentina, uma na Austrália e uma na Colômbia. Sem surpresa, o país mais alvejado continua sendo a China, sofrendo 62 investigações a mais. Isso ilustra a que ponto seus produtos baratos, ajudados por sua moeda desvalorizada, estão causando reação pelo mundo.

A CCI, refletindo o temor de empresários de todas as regiões, acha que os atritos sobre a guerra cambial, com países sendo acusados de manipular a taxa de câmbio para ganhar vantagem competitiva para suas exportações, "estão dificultando o reequilíbrio da economia mundial e alimentando o risco de degenerar em protecionismo".

Rajat Gupta, presidente da CCI, diz que "guerras cambiais podem rapidamente se tornar guerras comerciais e, como nos anos 30, isso pode levar a queda drástica na atividade econômica globalmente". É basicamente o que o diretor da OMC, Pascal Lamy, vem repetindo.

Após a queda de 12% no ano passado, o comércio mundial pode crescer 13,5% este ano. Mas os riscos de novas turbulências são fortes, e a expectativa está em algum tipo de cooperação na cúpula do G-20 em Seul, em novembro.

 

Valor Econômico, 01/11/2010

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